sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A indústria cultural e a idealização capitalista da mulher

   Aquelas modelos maravilhosas que vemos nas capas de revistas não são tão maravilhosas assim. São comuns as gafes cometidas pelos editores que produzem as fotos em seus computadores, transformando um pouco aqui ou ali para adequar a modelo no padrão de beleza criado pela sociedade, mas transcendendo isso devemos analisar o cerne dessa ridícula realidade.

   A mulher desde muito tempo atrás foi educada para ser doce e agradável, como se constituísse sua condição natural ser animalzinho de estimação de seu marido. Para atender a esse pensamento antiquado os diferentes povos da terra criaram muitas e incoerentes opções para agradar à loucura masculina.

   Um exemplo popular dessa prática é o sapato de lótus, onde a garota devia crescer usando um sapato minúsculo para deixá-lo pequeno (O padrão de beleza chinês).



 O pé de Lótus e o calçado utilizado.



   Essa prática está aparentemente acabando, mas seu princípio, de pôr a mulher conforme as convenções sociais de beleza persiste até hoje. Perfumes para usar, roupas para vestir, acessórios para usar, lugares para ir, como se comportar. Tudo isso está escrito no livro de regras da nossa sociedade de ignorantes.









Neste vídeo a cantora faz as perguntas "O que eu escolho? Por que eu escolho? Quem quer que eu escolha?" e afirma "eu não sou produto".



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A escolha é uma ilusão


   A revolução burguesa nos deixou um idealismo muito importante, mas de fachada: Liberdade. Pensa-se que o essencial para a vida humana digna seja a liberdade de pensamento, escolha, e ação, mas já paraste para pensar em que buraco longínquo foi parar essa tal liberdade?
   "A liberdade do peixe grande é a morte do peixe pequeno." A livre concorrência acaba aos pouco com todos os afetos humanos e com o conforto de uma vida tranquila, onde se pode viver sem o medo de ser passado para trás. A propriedade privada teoricamente provê essa liberdade, mas tende a se centrar nas mãos de poucos.
   "The illusion of Choice" (Em português "a ilusão de escolha"), é um gráfico feito pela PolicyMic a fim de mostrar como quem manda no que nós escolhemos em todo mundo é um grupo cada vez menor e mais rico às nossas custas.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Ocupações ilegais

Os aglomerados humanos tendem a se expandir cada vez mais geograficamente e foi de interesse do bom funcionamento das organizações que se fossem regularizadas as ocupações de terrenos. Numa visão teórica bem básica o que ocorre é o alargamento das vilas, cidades, pelos novos territórios avançados por seus habitantes, mas a sociedade, vira e volta, cria vieses dentro de si. Quando não há fiscalização eficiente qualquer pessoa pode estabelecer o que lhe bem vier à cabeça onde for que lhe convenha. Essa falta é uma janela permitindo a passagem de muitos problemas para todos e quando a janela se abre muito os problemas são inimagináveis.

No município de Chapada dos Guimarães descobriu-se uma invasão de terras como se depara com um fungo na parede depois de voltar de viagem. 300 hectares de terras invadidas por centenas de pessoas, sem saneamento básico, eletricidade legalmente distribuída. Alguns ainda fazem disso um lucro certo a custo do delito coletivo cobrando taxas para permanecerem habitando no "grilo". Os grileiros admitem arrecadar mais de R$2 milhões e falam ser tão fácil conseguir um terreno como perdê-lo: “Se você pegar e sumir, já perdeu também”.

 O prefeito concorda que "algo deve ser feito".

Por sua vez, em São Paulo, a maior cidade do país, favelas estão sendo erguidas no centro da cidade às ruínas da cracolândia (Parte da cidade onde os usuários de craque se reúnem). Não requer muito esforço para perceber que aqueles que vivem ali mantém uma ligação muito forte com o tráfico e uso de drogas. O problema é muito mais antigo, pois todos eles já viviam perto em um terreno abandonado, mas veio a polícia e os expulsou. Por muito tempo costumavam ir embora pela noite, mas de um tempo em seguinte levantaram barracos e ficam por lá desde então causando medo nos moradores da região.

 Favela filha da cracolândia toma conta da rua.

Cuiabá, cidade centenária, sofre com problemas semelhantes. O centro histórico enfrenta vandalismo constante de moradores de rua que aproveitam a falta de fiscalização para arrombar o patrimônio cuiabano e fazê-los de dormitório. Não suficiente, os casarões também são violados para funcionamento de prostíbulos e bocas de fumo que minam o direito dos cidadãos de transitar em segurança.

Casarões abandonados.



Isso é a ponta da agulha. Deve ser encontrada a mão que a empurra. São coisas que só acontecem quando ações básicas são deixadas de lado no início do processo. Quando se vai construir uma usina, por exemplo, a área a ser remanejada não é somente a que será desapropriada, mas também onde serão acomodadas as famílias. Antes de serem punidas as pessoas precisam de opção para seguir uma vida digna. Não é uma questão de punição. É uma questão de condução. Esse descaso é o que cria o alargamento das margens sociais.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Forças de segurança causam insegurança

O Estado deveria servir a todos como um porto seguro, mas as forças de segurança não tem crédito mais na sociedade. Quando isso acontece significa a ruína de um sistema inteiro que depende da harmonia entre os setores sociais. É bala de borracha, é milícia, é repressão, mas não vemos segurança.

Veja a matéria:
http://www.gazetadigital.com.br/pdf/m12a13/g0601c-b.pdf


A lastimável repressão aos alunos da UFMT.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Estamos no face também

Ei, pessoal!
Não esqueçam de curtir a nossa página no face de mesmo nome. Ela também é uma página crítica feita pra gente de todo tipo.
Quando entrarem no face vejam. Tenho certeza que vão gostar.
Página no link: https://www.facebook.com/capitalismonaosecondiz?fref=ts.

Bodes expiatórios

   A grande mídia sempre gostou de pisar naqueles que ficam abaixo na pirâmide social. Quando algo dá errado no atendimento quem leva a culpa é o atendente que está ali todo dia com descansos esparsos e má remuneração. Se a comida está ruim quem é culpado é o cozinheiro que já deve fazer aquilo por tanto tempo que nada significa mais para ele. Verdade, todos os humanos são naturalmente imperfeitos e alguns erros de conduta, propositais, são cometidos. No entanto, é de interesse da sociedade discriminadora que algum setor trabalhador seja símbolo da "ignorância e da repugnância" de uma ou outra classe. Não é apenas um problema da mídia, mas da sociedade que tem razão em protestar, mas que não faz o mesmo quando aquele que incomoda é seu chefe ou alguém mais poderoso. Pois é. Agora o alvo da vez são motoristas de ônibus.

   Nos noticiários temos visto com frequência esse ou aquele motorista que infringe alguma lei de trânsito ou sendo rude mesmo.
Olho no celular e uma mão na direção são flagrados no vídeo. / ReproduçãoMotorista usando celular enquanto guiava veículo em Porto Alegre.

Motorista da linha 593 (Leme - Gávea) foi flagrado dirigindo enquanto falava no celular (Foto: Arquivo Pessoal)
Outro condutor utilizando o celular enquanto dirigia no Rio de Janeiro.

Motorista da Viação Acari, do Rio, demitido após xingar ciclista na rua. Ele fazia a linha 457
Motorista xingando ciclista. Também no Rio.

   Esses casos são poucos em relação ao grande número de reclamações dos usuários do transporte público. Mas, pense bem, será que as coisas que incomodam a você não incomodam aos condutores? Agora pense que eles passam por isso TODOS os dias.
   Claramente esses motoristas estavam alterados e não deviam ter sido tão irresponsáveis, mas é necessário entender que eles também são vítimas. Basta ver casos como aquele em que um passageiro e o motorista brigaram, o qual, por levar um soco no rosto, caiu do viaduto e matou 7 pessoas.
   É tudo uma questão de hipocrisia. O povo é louco para ver alguém pagar pelos erros da sociedade esquecendo que ele mesmo os comete. O que acontece com os motoristas acontece com qualquer um; Desafetos no trabalho, imprevistos, família, frustrações. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, 84% da população das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro falavam no celular enquanto dirigiam. 84%! Tal número mostra com autoridade que podemos dizer certos de que somos uma sociedade sem moral, onde todos afirmam ser todo o resto errado.
   Ainda esse ano tivemos casos simbólicos dessa nova preferência de bode expiatório. Motorista é chamado a atenção porque dirigia em alta velocidade e enfrentou passageiros. Outro diz no meio de uma viajem que estava cansado e precisava comprar maconha. Uma das principais causas de acidentes no Brasil é a alta velocidade, muitas vezes causada por álcool no sangue. Bebidas alcoólicas e maconha são drogas igualmente e mesmo assim a insistência em mostrar esses trabalhadores como fonte desses delitos é presente, quando qualquer pessoa, tão comum quanto um motorista, faz coisas do mesmo tipo e não é punida.
   Realmente, ninguém quer terminar o dia ouvindo palavras agressivas de alguém, mas é mister entender que um condutor, do transporte público que seja, também sofre com os problemas que todos os cidadãos sofrem. Lembre-se que "a corda arrebenta no lado mais fraco" e, embora os erros se externem no comportamento dos funcionários, eles surgem no projeto daqueles que os contratam.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Metade dos brasileiros não reconhece o país no mapa

Vergonha. O governo tem dinheiro para tanta coisa, mas a educação fica longe. Os recursos estão aí, os estádios e as obras da copa sabem, mas as escolas esperam eternamente por eles. Descaso: A palavra ideal para definir a relação de nossos representantes com nosso futuro. Nossas crianças não precisam ser homens e mulheres ricos, mas precisam de conhecimento para viver uma vida digna de cidadão brasileiro e isso só vai acontecer quando o dinheiro tiver destino certo e pessoas honestas o distribuindo.  Essa reportagem surpreendente mostra que a ignorância do povo atinge níveis alarmantes a ponto de não saber onde fica o próprio país. Vejam só.